Um "Livro do Desassossego" vindo do Brasil aporta na Gulbenkian

A <em>Rua dos Douradores-Litania da Desesperança</em>, criação de Aylton Escobar, ouve-se hoje e amanhã na Gulbenkian
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"Cheguei querendo ir logo à Rua dos Douradores, mas o cansaço me venceu", diz-nos o compositor Aylton Escobar (n. 1943), algumas horas após o avião que o trouxe de São Paulo ter aterrado em Lisboa. "É a primeira vez que visito essa cidade - confessa o compositor paulista. Vim pedir a bênção à pátria-mãe!"

A Rua dos Douradores-Litania da Desesperança, para coro e orquestra, é o primeiro fruto da parceria SP-LX Música contemporânea do Brasil e de Portugal, estabelecida entre a Fundação Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (Osesp). A obra estreou em São Paulo a 30 de abril último. Desse momento, Aylton recorda "o silêncio extraordinário e a expetativa tão forte que se tornou visível". A presença de Pessoa deve--se a "uma coincidência", concretamente: "a encomenda surgiu pouco tempo após um renovado interesse meu em Pessoa e da impressão forte e ainda fresca que me deixara a leitura do Livro do Desassossego". Mas há mais: "a associação da Fundação Gulbenkian só surgiu depois; então exclamei: 'Nossa, isso vem mesmo a calhar!'"

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